Descrição
A publicação do número 58 da revista Humanidades é, para a Editora Universidade de Brasília, um momento de celebração de uma experiência. Uma experiência primeira, para nós da diretoria, uma experiência nova, para os editores que, a cada número, constroem um projeto, que nasce como um sonho a ser realizado e se desdobra num plano a ser traçado e desenvolvido com a precisão possível. Melhor que precisão, podemos dizer cuidado, já que, como experiência, vivida com intensidade, envolve riscos, perigo. É preciso, então, que seja uma experiência cuidadosa.
A eleição da temática doestatuto da contemporaneidade pelos editores da revista nospareceu, desde o início, um desafio e uma aventura intelectual à altura de nossa casa de edição. Humanidades, nossa revista, cumpre sua tarefa de se abrir como o espaço/tempo de propiciar a nós todos, seus leitores, uma experiência inteletual, estética e afetiva que, certamente, nos ajuda no processo de nos tornarmos humanos, de compartilhamos nossos limites e possibilidades.
O que nos honra, para além da satisfação envolvida no lançamento deste número, é podermos ter nossa revista reconhecida por uma instituição socialmente tão importante em nosso país, o Serviço Social do Comércio - Diretoria Regional do SESC/DF - que, dando mostras de sensibilidade e compromisso social, assumiu conosco a produção e a publicação de Humanidades.
Pensando no prazer de lançar esta revista que trata do templo, da contemporaneidade, sentimo-nos como o cronópio de Julio Cortázar. O cronópio inventou o "relógio alcachofra ou aucaucil", que se prende a um buraco da parede, e cujas "incontáveis folhas marcam a hora atual e além do mais todas as horas, de maneira que basta o cronópio arrancar-lhe uma falha para saber a hora. Como ele as vai arrancando da esquerda para a direita, a folha marca sempre a hora exata, e cada dia o cronópio começa a tirar uma nova rodada de folhas. Ao chegar ao coração, o tempo já não se pode medir, e na infinita rosa roxa do centro o cronópio encontra um grande prazer, então come-a com azeite, vinagre e sal, e põe outro relógio no buraco."
Ao SESC, aos editores e à equipe de produção de Humanidades, nossos agradecimentos. Aos leitores, a Revista!
Lúcia Helena Cavasin Zabotto Pulino
Diretora da Editora Universidade de Brasília